terça-feira, 3 de outubro de 2017

Aniversário do Codificador

Não sou nenhum historiador, nem tão pouco biógrafo de Kardec, mas me disponho a trazer um pouco de informações de forma resumida sobre o mesmo, e a singela homenagem do Portal Espírita.
Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 03 de outubro de 1804 em Lyon e desencarnando em 31 de março de 1864 na França aos seus 59 anos de idade. Filho do juiz e advogado, também com carreira militar, Jean-Baptiste Antoine Rivail (5/02/1759 – 1807) e sua mãe Jeanne-Louise Duhamel (15/04/1773 - ?) que se casaram em Bourg-en-Bresse em 05/02/1793. Teve dois irmãos mais velhos: Auguste Claude Joseph François (27/10/1796 – 27/12/1802, desencarnou com 6 anos), e  Marie-Françoise Charlotte Éloise (01/08/1799 – 14/10/1801, desencarnou com 2 anos). Criado, portanto, por sua mãe com ajuda de sua avó materna, Charlotte Marie Bochard, viúva de Benoît Marie Duhamel, e de seu tio materno François Duhamel. O avô materno de Kardec, Benôit Marie Duhamel, tinha cargo equivalente ao governador do estado. E o pai de sua avó, Claude Louis Bochard, também tinha funções elevadas. Sendo então de uma família abastarda, possibilitando assim os estudos de Kardec no famoso Instituto de Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), este por sua vez influenciado por Jean Jacques Rosseau (1712-1778), em Yverdon (Suíça).
Pestalozzi compreendia que o desenvolvimento da criança é de dentro para fora. Que a escola seria um segundo lar para elas. Que o educador deveria dar atenção à sua evolução, aptidões e necessidades. E que o afeto, em especial o amor materno, que, segundo ele, deflagra o processo de auto-educação. Segundo ele, o processo educativo deveria englobar três dimensões humanas, identificadas com a cabeça, a mão e o coração. O objetivo final do aprendizado deveria ser uma formação também tripla: intelectual, física e moral. E o método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número. Só depois da percepção viria a linguagem. Com os instrumentos adquiridos desse modo, o estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral. Como alcançar esse objetivo dependia de uma trajetória íntima, Pestalozzi não acreditava em julgamento externo. Por isso, em suas escolas não havia notas ou provas, castigos ou recompensas, numa época em que chicotear os alunos era comum.
Após concluir sua formação em Yverdon e de volta a França, Rivail dedicar-se-á à Educação, na condição de notável discípulo e divulgador do Método Pestalozziano de Ensino. Sua biografia atribuir-lhe-á a autoria de diversas obras no campo da Educação e da Ciência. Sua vasta e sólida formação permitir-lhe-á transitar pela docência da lógica, retórica, anatomia comparada, fisiologia, aritmética e gramática. Poliglota, além do francês, dominará o alemão - sua língua adotiva - o inglês, o holandês, e possuirá sólidos conhecimentos do latim, do grego, do gaulês e de algumas línguas latinas, nas quais se exprimira corretamente (Italiano e espanhol).
Rivail tem as seguintes obras de sua autoria, antes do espiritismo: (1) Plano para o Melhoramento da Instrução Pública (1828); (2) Curso Prático e Teórico de Aritmética, segundo o Método de Pestalozzi e para uso dos professores e das mães de família (1829); (3) Gramática Clássica Francesa(1831); (4) Manual para Exames de Capacidade; Soluções Racionais de Questões e Problemas de Aritmética e Geometria(1846);  (5) Programas dos Cursos ordinários e Física, Química, Astronomia e Fisiologia(que Kardec fazia no Liceu Plimático); (6) Pontos para os Exames do Hotel de Ville e da Sorbone, acompanhados de Instruções Especiais sobre as dificuldades Ortográficas(1849).
Além de pedagogo emérito foi também tradutor de obras do francês para o alemão, do francês para o holandês, etc. Como eminente poliglota, filólogo, gramático e lexicógrafo. Traduziu Os Três Primeiros Livros de Telêmaco ao alemão, acrescendo inteligentes comentários e Notas do Tradutor, tradução histórica publicada em fevereiro de 1830, com 220 páginas, que leva o nome completo de: Les Trois Premiers Livres de Télémaque en allemand, contenant la traduction littérale des deux premiers et le texte français et allemand du troisième, avec des notes sur les racines des mots; suivis d'un précis des formules grammaticales et d'une table des verbes irréguliers; à l'usage des maisons d'éducation; par H. L. D. Rivail, membre de plusieurs sociétés savantes, Paris, Bobée et Hingray Éditeurs (Os Três Primeiros Livros de Telêmaco em alemão, contendo a tradução literal dos dois primeiros livros e o texto francês e alemão do terceiro, com notas sobre as raízes das palavras; seguidas de um compêndio de fórmulas gramaticais e de uma tabela de verbos irregulares; para uso dos educandários; por H. L. D. RIVAIL, membro de várias Sociedades Sábias, Paris, Bobée e Hingray Editores).
Hippolyte Léon Denizard Rivail casou-se em 06/02/1832 com Amélie–Gabrielle Boudet (23/11/1795 – 21/01/1883), foi uma professora e artista plástica francesa. Autora das seguintes obras: "Contos Primaveris" (1825), "Noções de Desenho" (1826) e "O Essencial em Belas Artes" (1828). Colaborou permanentemente com os estudos do marido, tornando-se grande incentivadora do trabalho de Codificação e difusão do Espiritismo. Após o falecimento de seu esposo, em 1869, assumiu todos os encargos necessários à gestão do Espiritismo, na França e no mundo. Não tiveram filhos.
Como codificador da Doutrina Espírita, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nome este que lhes fora revelado como sendo de uma existência anterior como Druida, nas Gálias, e publicou as seguintes obras:
1.   O Livro dos Espíritos (18/04/1857).
2.   Instrução prática sobre as manifestações espíritas (1858).
3.   O Que é o Espiritismo (1859).
4.   O Livro dos Médiuns (1861).
5.   Viagem Espírita (1862).
6.   O Espiritismo em Sua Expressão mais Simples (1862).
7.   O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864).
8.   Resumo das Leis dos Fenômenos Espírita (1864).
9.   O Céu e o Inferno (1865).
10.                      A Gênese (1868).
11.                      Caráter da Revelação Espírita (1868).
12.                      Catálogo Racional das Obras para se fundar uma Biblioteca Espírita (1869).
13.                      Obras Póstumas (1890).
14.                      O Principiante Espírita (1956).
15.                      A Obsessão (1969).
16.                      Coletânea de Preces Espíritas.
17.                      Dicionário Espírita.
A Revista Espírita (Janeiro de 1858 à Dezembro de 1869, totalizando 144 Revistas mensais e 12 Livros Anuais das Revistas).
18.                      A Revista Espírita (1858).
19.                      A Revista Espírita (1859).
20.                      A Revista Espírita (1860).
21.                      A Revista Espírita (1861).
22.                      A Revista Espírita (1862).
23.                      A Revista Espírita (1863).
24.                      A Revista Espírita (1864).
25.                      A Revista Espírita (1865).
26.                      A Revista Espírita (1866).
27.                      A Revista Espírita (1867).
28.                      A Revista Espírita (1868).
29.                      A Revista Espírita (1869).

Nós do Portal Espírita enviamos nossas singelas vibrações de agradecimento ao Sr. Rivail (Kardec), pelo presente que ajudou a trazer à Humanidade. Por todos os anos de dedicação árdua e constante na codificação e promoção do Espiritismo no mundo todo, bem como sua companheira, e todos os adeptos contemporâneos que disseminaram o Espiritismo pelo mundo. O Aniversário é seu, mas o presente é nosso.

Links usados nas pesquisas.

domingo, 24 de setembro de 2017

Cura de um Corpo Perecível não é a Finalidade de um Centro Espírita - Por Jackson Façanha Damasceno.

Homero Pinto Vallada Filho, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, garante que, sob o ponto de vista social, a terapia complementar religiosa (ou espiritual) é uma aliada importante dos serviços de saúde. Recentemente Homero orientou a pesquisa concretizada pela médica Alessanídra Lamas Granero Lucchetti, objetivando mostrar a dimensão do trabalho realizado pelos centros espritas, o grande número de atendimentos prestados e os diferentes serviços oferecidos.
Lamas Granero obteve fazer um levantamento inicial de 504 centros espíritas da capital paulista que possuíam site na internet contendo endereço de contato. Notou que os principais motivos para a procura pelo centro espírita foram os problemas de saúde, mormente vinculados à depressão (45,1%), ao câncer (43,1%) e doenças em geral (33,3%). Também foram constatados relatos de dependência química,  problemas de relacionamento.
Aspecto que destacamos na pesquisa da médica é que nos tratamentos realizados, a prática mais presente foi a desobsessão (92,7%) e a menos frequente (graças a Deus!!!…) foi a cirurgia espiritual, e mesmo nessas cirurgias não havia os agressivos cortes (5,5%) – ótimo!… Outra coisa alvissareira que constatamos no estudo de Alessandra é que em quase todos os centros os pacientes são orientados a continuar com o tratamento médico convencional, caso estejam fazendo algum, ou mesmo com as medicações indicadas pelos médicos. Parece que os espíritas estão realmente mais conscientes.
Confirma-se assim o que estamos indicando em diversos artigos publicados sobre a temática: o Centro Espírita não pode e não deve ser um complexo hospitalar, entronizando métodos de cura física para os doentes que o procuram. Entretanto, deve priorizar a educação da alma em que se destaca a terapêutica da informação da Doutrina Espírita, considerando a terapia do espírito, a fim de que os doentes (espirituais) possam curar suas próprias moléstias (físicas).
O Centro Espírita é um pronto-socorro aos necessitados de amparo e esclarecimento, seja através da evangelização, das orações ou dos tratamentos espirituais; ou seja, pelas orientações morais e materiais. A Casa Espírita oferece as bênçãos do passe, que sabemos ser um método tradicionalmente eficaz para transmissão de fluidos magnéticos e espirituais em favor daqueles que se encontram, moral e fisicamente, descompensados, fortalecendo-se-lhes o corpo físico e o tecido espiritual (períspirito).
Portanto, é contraproducente transformar o centro espírita em hospitalzão, a fim de atender a todas as enfermidades físicas; isso é uma alienação, é perder o foco da prática espírita. Mas não há contradição em uma atividade de atendimento a enfermos portadores de problemas espirituais. Pode-se aplicar-lhes passes magnéticos, ofertar-lhes a água magnetizada (se for o caso), mas a tarefa fundamental do Centro Espírita é clarear e despertar a consciência daqueles que o procuram.
É bem verdade que a pesquisa de Lamas Granero descreve as atividades realizadas nos centros espíritas e salienta não só a importância social desempenhada por eles, mas também a contribuição ao sistema de saúde como coadjuvante na promoção da saúde, algo que a grande maioria dos acadêmicos desconhecem.
Reenfatizamos mil vezes que o centro espírita não tem por escopo principal a cura dos corpos perecíveis; fica bem nítido o equívoco em que incorrem os companheiros que, inadvertidamente ou empolgados excessivamente, prometem curas milagrosas para patologias que a medicina humana não cura. Todas as terapias para tratamento físico são secundaríssimas, até porque tratam de efeitos considerando a percepção que os enfermos têm da vida e sua maneira de viver. Para que as superficiais terapias (físicas) tenham efeito duradouro é preciso que os doentes busquem a transformação moral, pois a enfermidade é sempre um reflexo da alma, revelando que algo não vai bem na história comportamental do doente.
Uma casa espírita orientada pelos cânones de Allan Kardec prioriza o esclarecimento ao doente, informando-lhe que somente mudando a atitude equivocada que ocasiona a enfermidade é que se possibilita a cura. Quando não há uma transformação moral verdadeira a recuperação física será temporária, pois as doenças têm suas causas nos desequilíbrios morais. É exatamente assim a vida: colhemos o que semeamos, seja desta atual encarnação, seja das vidas anteriores.
Por fim, diante de todos os males e quaisquer doenças, a casa espírita deve orientar os doentes para a mudança de comportamento, centrando os pensamentos e os ideais em Jesus, pois o remédio da enfermidade é e sempre será a prática do Evangelho.

Jackson Façanha Damasceno (15/06/1977-09/03/2017)
Expositor Espírita de Fortaleza, CE.
Pai, filho, marido, palestrante, amigo, companheiro, conselheiro, esforçado, humilde, sábio.
Ensinos que irão perdurar, pois são propriedades do espírito. As traças não correm, a ferrugem não atingem e os ladrões não roubam.
Um abraço de Luz grandão!
De seu amigo, Kenedy.

Publicação Original: http://jacksonespirita.blogspot.com.br/2016/03/cura-de-corpo-perecivel-nao-e.html

terça-feira, 4 de julho de 2017

Espiritismo é uma Religião?

Sessão Anual Comemorativa do dia dos Mortos (Sociedade de Paris, 1o de novembro de 1868) DISCURSO DE ABERTURA PELO SR. ALLAN KARDEC
O Espiritismo é uma religião? 
“Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, aí estarei com elas.” (S. Mateus, 18:20.)



Caros irmãos e irmãs espíritas, 

Estamos reunidos, neste dia consagrado pelo uso à comemoração dos mortos, para darmos àqueles irmãos nossos que deixaram a Terra um testemunho particular de simpatia, para continuarmos as relações de afeição e de fraternidade que existiam entre eles e nós, quando eram vivos, e para invocarmos sobre eles a bondade do Todo-Poderoso. Mas, por que nos reunirmos? Não podemos fazer em particular o que cada um de nós propõe fazer em comum? Qual a utilidade de assim nos reunirmos num dia determinado? 

Jesus no-lo indica pelas palavras que referimos acima. Esta utilidade está no resultado produzido pela comunhão de pensamentos que se estabelece entre pessoas reunidas com o mesmo objetivo. 

Comunhão de pensamentos! Compreendemos bem todo o alcance desta expressão? Seguramente, até este dia, poucas pessoas dela tinham feito uma ideia completa. O Espiritismo, que nos explica tantas coisas pelas leis que revela, ainda vem explicar a causa e a força dessa situação do espírito.

Comunhão de pensamento quer dizer pensamento comum, unidade de intenção, de vontade, de desejo, de aspiração. Ninguém pode desconhecer que o pensamento é uma força; mas uma força puramente moral e abstrata? Não: do contrário não se explicariam certos efeitos do pensamento e, ainda menos, a comunhão de pensamento. Para compreendê-lo, é preciso conhecer as propriedades e a ação dos elementos que constituem nossa essência espiritual, e é o Espiritismo que no-las ensina. 

O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria; sem o pensamento o espírito não seria espírito. A vontade não é um atributo especial do espírito; é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento transformado em força motriz. É pela vontade que o espírito imprime aos membros e ao corpo movimentos num determinado sentido. Mas, se tem a força de agir sobre os órgãos materiais, quanto maior não deve ser essa força sobre os elementos fluídicos que nos rodeiam! O pensamento atua sobre os fluidos ambientes, como o som age sobre o ar; esses fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode, pois, dizer-se com toda a verdade que há nesses fluidos ondas e raios de pensamentos que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros. 

Uma assembléia é um foco onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos, onde cada um produz a sua nota. Disto resulta uma imensidão de correntes e de eflúvios fluídicos, dos quais cada um recebe a impressão pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.

Mas, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto for harmônico, a impressão é agradável; se discordante, a impressão será penosa. Ora, para isto, não é necessário que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica não deixa de existir, quer seja ou não expressa. Se todas forem benéficas, os assistentes experimentarão um verdadeiro bem-estar e se sentirão à vontade; mas se se misturarem alguns pensamentos maus, produzirão o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido. 

Tal é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta numa reunião simpática; aí reina uma espécie de atmosfera moral salubre, onde se respira à vontade; daí se sai reconfortado, porque aí nos impregnamos de eflúvios fluídicos salutares. Assim também se explicam a ansiedade e o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, onde os pensamentos malévolos provocam, a bem dizer, correntes fluídicas malsãs. 

A comunhão de pensamentos produz, pois, uma sorte de efeito físico que reage sobre o moral; só o Espiritismo poderia fazê-lo compreender. O homem o sente instintivamente, já que procura as reuniões onde sabe encontrar essa comunhão. Nessas reuniões homogêneas e simpáticas haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que aí recupera as perdas fluídicas perdidas diariamente pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material. 

A esses efeitos da comunhão de pensamentos, junta-se um outro que é a sua consequência natural, e que importa não perder de vista: é o poder que adquire o pensamento ou a vontade, pelo conjunto dos pensamentos ou vontades reunidos. Sendo a vontade uma força ativa, esta força é multiplicada pelo número de vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número dos braços. 

Estabelecido este ponto, concebe-se que nas relações que se estabelecem entre os homens e os Espíritos, haja, numa reunião onde reine perfeita comunhão de pensamentos, uma força atrativa ou repulsiva, que nem sempre possui o indivíduo isolado. Se, até o presente, as reuniões muito numerosas são menos favoráveis, é pela dificuldade de obter uma homogeneidade perfeita de pensamentos, que se deve à imperfeição da natureza humana na Terra. Quanto mais numerosas as reuniões, mais aí se mesclam elementos heterogêneos, que paralisam a ação dos bons elementos, e que são como grãos de areia numa engrenagem. Não sucede assim nos mundos mais adiantados, e tal estado de coisas mudará na Terra à medida que os homens se tornarem melhores. Para os espíritas, a comunhão de pensamentos tem um resultado ainda mais especial. Temos visto o efeito desta comunhão de homem a homem; prova-nos o Espiritismo que ele não é menor dos homens aos Espíritos, e reciprocamente. Com efeito, se o pensamento coletivo adquire força pelo número, um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá mais força para neutralizar a ação dos Espíritos maus; também vemos que a tática destes últimos é levar à divisão e ao isolamento. Sozinho, um homem pode sucumbir, ao passo que se sua vontade for corroborada por outras vontades poderá resistir, conforme o axioma: A união faz a força, axioma verdadeiro, tanto do ponto de vista moral, quanto do físico. 

Por outro lado, se a ação dos Espíritos malévolos pode ser paralisada por um pensamento comum, é evidente que a dos Espíritos bons será secundada; seus eflúvios fluídicos, não sendo detidos por correntes contrárias, espalhar-se-ão sobre os assistentes, precisamente porque todos os terão atraído pelo pensamento, não cada um em proveito pessoal, mas em benefício de todos, conforme a lei de caridade. Descerão sobre eles como línguas de fogo, para nos servirmos de uma admirável imagem do Evangelho.

Assim, pela comunhão de pensamentos os homens se assistem entre si e, ao mesmo tempo, assistem os Espíritos e são por estes assistidos. As relações entre os mundos visível e invisível não são mais individuais, mas coletivas e, por isto mesmo, mais poderosas em proveito das massas e dos indivíduos. Numa palavra, estabelecem a solidariedade, que é a base da fraternidade. Cada qual trabalha para todos, e não apenas para si; e trabalhando para todos, cada um aí encontra a sua parte. É o que o egoísmo não compreende. 

Graças ao Espiritismo, compreendemos, então, o poder e os efeitos do pensamento coletivo; explicamo-nos melhor o sentimento de bem-estar que se experimenta num meio homogêneo e simpático; mas sabemos, igualmente, que se dá o mesmo com os Espíritos, porque eles também recebem os eflúvios de todos os pensamentos benevolentes que para eles se elevam, como uma nuvem de perfume. Os que são felizes experimentam maior alegria por esse concerto harmonioso; os que sofrem sentem maior alívio. 

Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na comunhão de pensamentos; com efeito, é aí que podem e devem exercer a sua força, porque o objetivo deve ser a libertação do pensamento das amarras da matéria. Infelizmente, a maioria se afasta deste princípio à medida que a religião se torna uma questão de forma. Disto resulta que cada um, fazendo seu dever consistir na realização da forma, se julga quites com Deus e com os homens, desde que praticou uma fórmula. Resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por sua própria conta e, na maioria das vezes, sem nenhum sentimento de confraternidade em relação aos outros assistentes; fica isolado em meio à multidão e só pensa no céu para si mesmo. 

Por certo não era assim que o entendia Jesus, ao dizer: “Quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, aí estarei entre elas.” Reunidos em meu nome, isto é, com um pensamento comum; mas não se pode estar reunido em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, palavras e ações. Mentem os egoístas e os orgulhosos, quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus não os conhece por seus discípulos. 

Chocados por esses abusos e desvios, há pessoas que negam a utilidade das assembleias religiosas e, em consequência, a das edificações consagradas a tais assembleias. Em seu radicalismo, pensam que seria melhor construir asilos do que templos, uma vez que o templo de Deus está em toda parte e em toda parte pode ser adorado; que cada um pode orar em casa e a qualquer hora, enquanto os pobres, os doentes e os enfermos necessitam de lugar de refúgio. Mas, porque cometeram abusos, porque se afastaram do reto caminho, devemos concluir que não existe o reto caminho e que tudo quanto se abusa seja mau? Não, certamente. Falar assim é desconhecer a fonte e os benefícios da comunhão de pensamentos, que deve ser a essência das assembleias religiosas; é ignorar as causas que a provocam. Concebe-se que os materialistas professem semelhantes ideias, já que em tudo fazem abstração da vida espiritual; mas da parte dos espiritualistas e, melhor ainda, dos espíritas, seria um contrassenso. O isolamento religioso, assim como o isolamento social, conduz ao egoísmo. Que alguns homens sejam bastante fortes por si mesmos, largamente dotados pelo coração, para que sua fé e caridade não necessitem ser revigoradas num foco comum, é possível; mas não é assim com as massas, por lhes faltar um estimulante, sem o qual poderiam se deixar levar pela indiferença. Além disso, qual o homem que poderá dizer-se bastante esclarecido para nada ter a aprender no tocante aos seus interesses futuros? bastante perfeito para abrir mão dos conselhos da vida presente? Será sempre capaz de instruir-se por si mesmo? Não; a maioria necessita de ensinamentos diretos em matéria de religião e de moral, como em matéria de ciência. Incontestavelmente, tais ensinos podem ser dados em toda parte, sob a abóbada do céu, como sob a de um templo; mas por que os homens não haveriam de ter lugares especiais para as questões celestes, como os têm para as terrenas? Por que não teriam assembleias religiosas, como têm assembleias políticas, científicas e industriais? Aqui está uma bolsa onde se ganha sempre. Isto não impede as edificações em proveito dos infelizes. Dizemos, ademais, que haverá menos gente nos asilos, quando os homens compreenderem melhor seus interesses do céu. 

Se as assembleias religiosas – falo em geral, sem aludir a nenhum culto – muitas vezes se têm afastado de seu objetivo primitivo principal, que é a comunhão fraterna do pensamento; se o ensino ali ministrado nem sempre tem acompanhado o movimento progressivo da Humanidade, é que os homens não progridem todos ao mesmo tempo. O que não fazem num período, fazem em outro; à proporção que se esclarecem, veem as lacunas existentes em suas instituições, e as preenchem; compreendem que o que era bom numa época, em relação ao grau de civilização, torna-se insuficiente numa etapa mais avançada, e restabelecem o nível. Sabemos que o Espiritismo é a grande alavanca do progresso em todas as coisas; marca uma era de renovação. Saibamos, pois, esperar, não exigindo de uma época mais do que ela pode dar. Como as plantas, é preciso que as ideias amadureçam, para que seus frutos sejam colhidos. Saibamos, além disso, fazer as necessárias concessões às épocas de transição, porque na Natureza nada se opera de maneira brusca e instantânea. 

Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembleias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças; consecutivamente, esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fé. É nesse sentido que se diz: a religião política; entretanto, mesmo nesta acepção, a palavra religião não é sinônima de opinião; implica uma ideia particular: a de fé conscienciosa; eis por que se diz também: a fé política. Ora, os homens podem filiar-se, por interesse, a um partido, sem ter fé nesse partido, e a prova é que o deixam sem escrúpulo, quando encontram seu interesse alhures, ao passo que aquele que o abraça por convicção é inabalável; persiste à custa dos maiores sacrifícios, e é a abnegação dos interesses pessoais a verdadeira pedra-de-toque da fé sincera. Todavia, se a renúncia a uma opinião, motivada pelo interesse, é um ato de desprezível covardia, é, não obstante, respeitável, quando fruto do reconhecimento do erro em que se estava; é, então, um ato de abnegação e de razão. Há mais coragem e grandeza em reconhecer abertamente que se enganou, do que persistir, por amor-próprio, no que se sabe ser falso, e para não se dar um desmentido a si próprio, o que acusa mais obstinação do que firmeza, mais orgulho do que razão, e mais fraqueza do que força. É mais ainda: é hipocrisia, porque se quer parecer o que não se é; além disso é uma ação má, porque é encorajar o erro por seu próprio exemplo.

O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é, pois, essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito. O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele une, como consequência da comunhão de vistas e de sentimentos, a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. É nesse sentido que também se diz: a religião da amizade, a religião da família. 

Se é assim, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a Doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza. 

Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião? Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma ideia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou. 

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral. 

As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembleias religiosas. Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada ideia.

Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas? Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória. Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade. 

A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade. 

Mas a caridade é ainda uma dessas palavras de sentido múltiplo, cujo inteiro alcance deve ser bem compreendido; e se os Espíritos não cessam de pregá-la e defini-la, é que, provavelmente, reconhecem que isto ainda é necessário. 

O campo da caridade é muito vasto; compreende duas grandes divisões que, em falta de termos especiais, podem designar-se pelas expressões Caridade beneficente e caridade benevolente. Compreende-se facilmente a primeira, que é naturalmente proporcional aos recursos materiais de que se dispõe; mas a segunda está ao alcance de todos, do mais pobre como do mais rico. Se a beneficência é forçosamente limitada, nada além da vontade poderia estabelecer limites à benevolência. 

O que é preciso, então, para praticar a caridade benevolente? Amar ao próximo como a si mesmo. Ora, se se amar ao próximo tanto quanto a si, amar-se-o-á muito; agir-se-á para com outrem como se quereria que os outros agissem para conosco; não se quererá nem se fará mal a ninguém, porque não quereríamos que no-lo fizessem. 

Amar ao próximo é, pois, abjurar todo sentimento de ódio, de animosidade, de rancor, de inveja, de ciúme, de vingança, numa palavra, todo desejo e todo pensamento de prejudicar; é perdoar aos inimigos e retribuir o mal com o bem; é ser indulgente para as imperfeições de seus semelhantes e não procurar o argueiro no olho do vizinho, quando não se vê a trave no seu; é esconder ou desculpar as faltas alheias, em vez de se comprazer em as pôr em relevo, por espírito de maledicência; é ainda não se fazer valer à custa dos outros; não procurar esmagar ninguém sob o peso de sua superioridade; não desprezar ninguém pelo orgulho. Eis a verdadeira caridade benevolente, a caridade prática, sem a qual a caridade é palavra vã; é a caridade do verdadeiro espírita, como do verdadeiro cristão; aquela sem a qual aquele que diz: Fora da caridade não há salvação, pronuncia sua própria condenação, tanto neste quanto no outro mundo. 

Quantas coisas haveria a dizer sobre este assunto! Que belas instruções não nos dão os Espíritos incessantemente! Não fosse o receio de alongar-me em demasia e de abusar de vossa paciência, senhores, seria fácil demonstrar que, em se colocando no ponto de vista do interesse pessoal, egoísta, se se quiser, porque nem todos os homens estão ainda maduros para uma completa abnegação, para fazer o bem unicamente por amor do bem, digo que seria fácil demonstrar que têm tudo a ganhar em agir deste modo, e tudo a perder agindo diversamente, mesmo em suas relações sociais; depois, o bem atrai o bem e a proteção dos Espíritos bons; o mal atrai o mal e abre a porta à malevolência dos maus. Mais cedo ou mais tarde o orgulhoso será castigado pela humilhação, o ambicioso pelas decepções, o egoísta pela ruína de suas esperanças, o hipócrita pela vergonha de ser desmascarado; aquele que abandona os Espíritos bons por estes é abandonado e, de queda em queda, finalmente se vê no fundo do abismo, ao passo que os Espíritos bons erguem e amparam aquele que, nas maiores provações, não deixa de se confiar à Providência e jamais se desvia do reto caminho; aquele, enfim, cujos secretos sentimentos não dissimulam nenhum pensamento oculto de vaidade ou de interesse pessoal. Assim, de um lado, ganho assegurado; do outro, perda certa; cada um, em virtude do seu livre-arbítrio, pode escolher a sorte que quer correr, mas não poderá queixar-se senão de si mesmo pelas consequências de sua escolha. 

Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na equitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.

Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz e se pouparão males inumeráveis, que nascem da discórdia, por sua vez filha do orgulho, do egoísmo, da ambição, da inveja e de todas as imperfeições da Humanidade. 

O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade aqui na Terra, porque lhes ensina a se contentarem com o que têm. Que os espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitar os benefícios que ele traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras. 

Os Espíritos que nos cercam aqui são inumeráveis, atraídos pelo objetivo que nos propusemos ao nos reunirmos, a fim de dar aos nossos pensamentos a força que nasce da união. Ofereçamos aos que nos são caros uma boa lembrança e o penhor de nossa afeição, encorajamentos e consolações aos que deles necessitem. Façamos de modo que cada um recolha a sua parte dos sentimentos de caridade benevolente, de que estivermos animados, e que esta reunião dê os frutos que todos têm o direito de esperar. 

Allan Kardec
REVISTA ESPÍRITA 
Dezembro de 1868.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Carta de Ano Novo


Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.
Lembra-te de que o ano em retorno, é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.
Se tens inimigos faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.
Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.
Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.
Se a tristeza te requisita esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.
Ano Novo! Novo Dia!
Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.
Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.
Não maldigas nem condenes.
Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.
Não te desanimes nem te desconsoles.
Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.
Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Caminho. Espíritos Diversos. GEEM.


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